Educação
e Desenvolvimento
A entrada de Portugal na União Europeia, ficou considerada para
muitos como uma aposta formidável, que conduziu a um maior desenvolvimento do
sector da indústria, da tecnologia, bem como na educação e nas infraestruturas.
A modernização do país só foi possível através dos fundos recebidos da comunidade
Europeia, bem como, as políticas e estratégias recomendadas. A evolução da
formação dos portugueses, foi também um facto bastante satisfatório, embora
ainda existam diversas lacunas para colmatar.
A ideia de unir os países da Europa, remonta
alguns tempos atrás, em diferentes momentos e sítios no interior da Europa.
Para Portugal, a entrada para a União Europeia, foi feita no dia 1 de Janeiro
de 1986, após aproximadamente 10 anos de negociação.
Sendo Portugal, antes da união dos
países, essencialmente um país extremamente ligado à agricultura, a entrada
para União Europeia, veio provocar a aposta no sector industrial, sendo que
passou a existir uma zona de comércio industrial livre [1]. Esta
entrada para a Comunidade Europeia, provocou maior segurança e estabilidade; a
existência de democracia, direitos e liberdades, e em grande forma melhoria das
condições de vida. As comunidades Europeias, vieram de certa forma beneficiar
com a entrada de Portugal, dada a sua localização geográfica e o relacionamento
de Portugal, com os países de Língua Portuguesa[2].
Desta forma Portugal passaria a
beneficiar de um melhor sistema económico, sendo que passaria a desenvolver
mais a economia (através da interpretação com as economias mais desenvolvidas),
aumentar o poder negocial perante parceiros, de uma maior viabilização de
projetos pelo redimensionamento do mercado, premência de introdução de reformas
estruturais. Os fundos existentes (como exemplo o Fundo de Desenvolvimento
Regional – FEDER), vieram permitir um maior desenvolvimento de equipamentos e
vias de comunicação, sendo o país mais modernizado e mais produtivo.
A entrada na União Europeia, veio
aumentar, e facilitar a educação, e os cursos de formação profissional, e a
licenciatura a muitos educandos. Todos os esforços feitos, a nível de aumentar
o número de pessoas licenciadas, até o ano de 2000, provocaram um aumento de
37%, principalmente nas áreas de matemática, ciências e tecnologia, no entanto
a redução da taxa de abandono escolar, não foi suficiente. A União Europeia,
continua a apostar na Educação e na Formação dos seus habitantes apresentando
um quadro de estratégias, que deverão ser aplicadas até 2020, sendo os
objetivos os seguintes: tornar a aprendizagem ao
longo da vida e a mobilidade uma realidade ; melhorar a qualidade e a eficácia da educação e da formação; promover a igualdade, a coesão social e a cidadania
ativa; incentivar a criatividade
e a inovação, incluindo o espírito empreendedor, a todos os níveis da educação
e da formação.
Os estudos realizados sobre a Educação em Portugal, da
Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Económico (OCDE), afirmam que o nosso país possui uma das taxas
mais baixas de conclusão do ensino secundário, no entanto o programa
implementado das “Novas Oportunidades”, promoveram a Portugal, um grande
aumento na qualificação profissional. A nível do Ensino Universitário, Portugal
apresenta-se abaixo da média da União Europeia, no entanto é visto como em
crescimento. Entrando no sector de desemprego, o número de jovens não
licenciados, é a oitava taxa mais elevada do país, e os jovens licenciados,
também estão atualmente com dificuldades de conseguir emprego[4].
Relativamente à
situação das famílias portuguesas, foi referido no estudo acima descrito, que os
jovens Portugueses oriundos de famílias com baixo nível
educativo têm pouca probabilidade de obter um grau de escolaridade superior à
dos seus pais. Pelo contrário, a probabilidade de os filhos de pais licenciados
serem também eles licenciados em Portugal é duas vezes superior aos restantes
países da OCDE. Os alunos originam menos despesas ao estado do que os restantes
alunos na União Europeia, relativamente ao ano de 2010.
A nível das opões
curriculares, a OCDE, não possui a mesma opinião de que os exames de 4º Ano,
irão ou não, melhorar a aprendizagem dos alunos.
A crise que Portugal
apresenta atualmente, conduz a um corte nas despesas educativas, que de certa
forma, vem deitar por terra a Cidadania e a Liberdade de Educação, que todos
nós desejamos.
De uma forma geral, em pouco mais de 20
anos, a qualidade de vida dos portugueses, transformou-se profundamente, houve
uma elevada redução na taxa de mortalidade infantil e da iliteracia, houve um
grande aumento no número de licenciados, no número de médicos, ou seja um
grande progresso na sociedade portuguesa.
Para este grande progresso económico e social e para a modernização
do nosso país, foi essencial o papel da Comunidade Europeia, das políticas e
dos fundos comunitários, onde os fundos europeus recebidos por Portugal
totalizam cerca de 96 mil milhões de Euros [1].
No entanto, a União Europeia, atualmente ao apresentar uma
forte crise, é olhada pelos cidadãos portugueses, com uma grande desconfiança,
embora saibamos que esta crise não foi causada pela União Europeia, mas sim
como consequência de elevadas dívidas públicas insustentáveis criadas pelos
governos, e pelas irresponsabilidades no domínio financeiro e falhas na
supervisão bancária a nível nacional. Contudo acredita-se ainda que a “Moeda da
União Europeia” , o Euro, continua a ser uma moeda forte e estável.
Então a título
conclusivo, posso afirmar que Portugal, alcançou um grande desenvolvimento, com
a ajuda de toda a comunidade europeia, onde, houve, um aumento no número de infraestruturas,
desenvolvimento da indústria e consequentemente das exportações, aumento da
qualificação profissional, redução do abandono escolar, redução da taxa de
mortalidade infantil, mas atualmente devido a irresponsabilidades, e má
gerência financeira, Portugal apresenta uma elevada crise e uma dívida fiscal
muito elevada. No entanto, embora muitos coloquem a questão de uma possível
saída de Portugal da União Europeia, é de salientar, todo o desenvolvimento que
decorreu em pouco mais de 20 anos no nosso país.
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