População Sénior
O envelhecimento da população
Portuguesa está a fazer emergir problemas sociais novos, muitos dos quais ainda
não visíveis ou tematizados. Nos países mais avançados, actualmente, a
esperança de vida é mais elevada, as condições económicas tem vindo a
melhorar para um número cada vez maior de idosos, os cuidados de saúde estão
mais generalizados, do que estavam
algumas décadas atrás, assim como o
acesso à cultura e à educação (Veloso, E. S/D). Na sociedade atual o idoso é
avaliado negativamente, onde muitas destas ideias assentam no facto do idoso
ser considerado uma pessoa carente, intolerante, marginalizada (processo de
degeneração conotado negativamente) e passivo pela ausência de papel
produtivo. Em termos gerais, sociais e culturais (em particular nas culturas
ocidentais), de uma forma geral, a velhice são associadas a um processo de
degradação pois veneram a beleza, a saúde, a destreza física, as condições
emocionais e intelectuais e a posse de bens materiais. Esta forma de encarar
o processo de envelhecimento e o idoso leva a que se criem expectativas pouco
ajustadas sobre o que o idoso pode fazer nesta fase da sua vida.
As Universidades da Terceira Idade
(UTI’s) surgiram na década de 70 em França, com o objetivo de proporcionar às
pessoas idosas um espaço de partilha de conhecimentos e dinamização regular
de atividades sociais e a investigação na área. De uma forma geral, estas
universidades têm como principal objectivo criar e dinamizar regularmente
atividades culturais, sociais, educacionais e de convívio preferencialmente
para os maiores de 50 anos de idade e sem fins de certificação.
Estas instituições, funcionam fora do
sistema escolar concretizando os objetivos da educação não formal sendo a
maioria dos professores voluntários tendo, de uma forma geral como objetivos,
entre outros: promover, valorizar e integrar o sénior, proporcionar o
contacto com a realidade e dinâmica social local, ocupar os tempos livres,
evitar o isolamento e a marginalização, contribuir para a prevenção do
declínio psicossocial, contribuir para uma nova arte de viver e promover a
investigação científica.
Tal como acontece em Velosa, E. (S/d),
na minha opinião, a população que mais frequenta estas universidades pertencem
a uma classe média-alta, conduzindo por vezes ideia, de que este tipo de
instituições são elitistas. Uma outra questão, prende-se no facto, da escolha
das disciplinas, que irão ser oferecidas, para que não exista o erro, de os
idosos, ficarem como meros espectadores da matéria.
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