Educação e Literacias
1.A
alfabetização designa qualquer tipo de contato com uma forma de cultura
escrita, que geralmente ocorre de forma voluntária e esparsa, mas que por vezes,
possui níveis de intensidades desiguais. Já a escolarização, compreende o
contato estruturado e progressivamente exigente com a cultura escrita, sendo a
escolarização aplicada através de instituições (como por exemplo, escolas)
construídas para este efeito. A literacia é definida como a capacidade de
processar a informação escrita no contexto do dia-a-dia.
Em Portugal
entre o século XIX e XX, o termo alfabetização tinha um significado manipulável
pelo poder e contra poder político da altura. Ao nível de alfabetização
assistiu-se por várias vezes, a manifestos por parte religiosa e social a fim
de melhorar todo o processo social e desenvolvimento socioeconómico. Em relação
à escolarização, apareceram diversos movimentos anti analfabetismo, com a
implementação de várias modalidades de ensino e de avaliação. Apareceu também a
construção de um ambiente específico, com o intuito de facilitar todo o
processo de aprendizagem o que constituiu um maior desenvolvimento competitivo
económico e militar característico dos século XIX e XX. Nesta altura os
resultados da escolarização eram um pouco mais exigente no domínio correto da
língua dominante, falada e escrita. Verificou-se também que a partir do século
XIX as pessoas se alfabetizam não porque queriam, mas porque eram obrigadas,
correspondendo a uma passagem do poder de controlo de estratégias de vida que
no passado passavam pelas letras, das famílias e do indivíduos, para o Estado.
Com tudo isto a
literacia e a escolarização equivalem-se, sendo que a literacia se nomeia como
um processo diferido de avaliação da escolarização. A partir do século XIX as relações
entre a escola e o desenvolvimento levaram a uma procura de mão-de-obra qualificada
para novas actividades, como por exemplo a indústria, dando origem à escola de
massas. Esta expansão de alfabetização originou uma sociedade mais complexa,
que potenciou uma gestão política, económica e social. Veio ainda, generalizar,
não de uma forma igual, a utilização da linguagem simbólica através da escrita
e dos números. Ainda no final do século XIX, foi elaborado o 1º Recenseamento
Oficial Português (Censo), com o intuito de avaliar a taxa de alfabetização em
Portugal, estando as taxas de alfabetização situadas entre os 22 e os 26%,
sendo já no século XX que começa a existir mais algum tipo de alfabetização em
Portugal, para que este desenvolvimento fosse concordante com o que se passava
no resto da Europa.
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