Práticas de estudo e aprendizagem
A atriz Joana Manuel de 36 anos foi
convidada a fazer uma pequena intervenção no quadro
da Conferência Nacional - Em Defesa de um Portugal Soberano e Desenvolvido, dia
23 de Fevereiro de 2013 no auditório da Faculdade de Ciências de Lisboa, sobre
a temática dos problemas dos jovens, a precariedade e a emigração.
Esta temática
apresenta-se atualmente na sociedade como um problema extremamente sério onde
os jovens se deparam com o desemprego, falta de apoio, precariedade e como
muitas vezes possível solução, a emigração. A atriz começa o seu discurso, com
um tom sarcástico visto afirmar-se como jovem aos 36 anos de idade, dado que
quando possuía 15 anos achava que aos 36 anos toda a sua vida já estaria
delineada como acontecia anteriormente com a dos seus pais. Desta feita, a
atriz afirma que a noção de jovem se dilata à medida que os anos passam. Os
jovens enfrentam problemas relacionados com a sua educação escolar, antigamente
o fim de uma licenciatura abria portas para o mercado de trabalho no entanto
atualmente acha-se que a licenciatura não é suficiente sendo necessário um
mestrado, consequentemente um doutoramento e por vezes inúmeros estágios não
remunerados com o intuito de adquirir experiencia profissional. O conceito de
jovem está tão amplamente alargado que se aplica o conceito a agricultores até
aos 40 anos.
A precariedade vivida
nos tempos atuais obriga a que cada vez mais os jovens tenham a necessidade de
adquirir um maior apoio familiar sendo que este apoio vem substituir o “Estado
que se nega a retribuir o que deve”, da mesma forma que não existe apoio da
segurança social.
Na palestra a atriz
expõe em cerca de oito minutos e meio a verdade sobre uma realidade atual que
consiste em 15 anos de trabalho e de muita formação que se reflete num
curriculum que atualmente de nada serve ou serve de muito pouco, como acontece no
caso dos chamados “recibos verdes” no desenvolvimento de trabalho precário que
apenas vem lucrar as empresas. Nesta realidade atual onde um em cada dois
jovens se encontram desempregados, e com dificuldades em se tornarem adultos
devido à precariedade e falta de horizonte, Joana Manuel afirma ser uma privilegiada,
uma vez que continua a comer todos os dias, a ter um teto para viver, embora
com trabalho precário, continua a passar recibo.
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