quinta-feira, 7 de maio de 2015

Psicologia do Desenvolvimento
Hoje em dia,  existe um número considerável de idosos na nossa sociedade, onde se pode afirmar que a Esperança Média de Vida está cada vez mais a aumentar. No entanto, ainda subsiste uma conceção negativa em relação ao estágio da velhice, ou seja, a população idosa é vista como sendo um grupo de humanos carregado de défice e incapacidade, sendo as suas aptidões físicas, cognitivas e emocionais diminutas. Por isso torna-se necessário aprofundar o fenómeno de velhice, pois sendo a população idosa maioritária na nossa sociedade, à que saber valorizá-la e aproveitar os seus saberes, contribuindo assim para o crescente desenvolvimento da mesma. Atualmente têm sido realizados diversos estudos que pretendem destruir mitos e preconceitos na 3ª idade.
Não obstante, o envelhecimento trata-se de um processo ou grupo de processos que ocorrem num indivíduo, e que com a passagem dos anos leva a uma crescente perda de adaptabilidade, ao défice funcional e consequentemente à morte.
Com estas mudanças a capacidade de um indivíduo manter a homeostasia sob condições de stress fisiológico é diminuta, provocando no mesmo um aumento da vulnerabilidade.
O envelhecimento é um processo muito complexo, que resulta da interação de fatores extrínsecos (meio envolvente) e intrínsecos (genéticos). Deste modo podemos considerar o envelhecimento de três maneiras: cronológico; psicológico e biológico.
Envelhecimento cronológico, é caracterizado pelo número de aniversários celebrados por uma pessoa.
Envelhecimento psicológico, manifesta-se através das atitudes do indivíduo e da sociedade no que concerne ao fenómeno de envelhecimento.
Por último, o Envelhecimento biológico, caracteriza-se pelo acumular de todas as mudanças que ocorrem num organismo vivo com a passagem dos anos. A este tipo de envelhecimento está inerente as seguintes características: é universal (porque afeta todos os indivíduos); progressivo (uma vez que o processo de envelhecimento é contínuo), vulnerável (embora o envelhecimento não seja considerado uma patologia, o certo é que o indivíduo torna-se mais vulnerável face ás mudanças que ocorrem) e inevitável (independentemente do estilo de vida, mais cedo ou mais tarde sucedem-se mudanças fisiológicas no organismo). O processo de envelhecimento é vivido de forma diferente por cada individuo, para alguns pode ser vivido mais cedo, ou seja, antes da data estipulada para o estágio de velhice, mas ao mesmo tempo para outros o declínio físico ou mesmo psicológico pode vir a ser vivenciado muito mais tarde, ou seja, serão os estilos de vida, os acidentes ao longo da vida, determinadas doenças, predisposição genética, fatores de stress ao longo da vida que determinarão o processo de envelhecimento. A velhice enfrenta diversos obstáculos, tais como a reforma, a perda de algum parente, e o estado de saúde, que por si só podem conduzir a sentimentos de vazio e de depressão. No entanto, é de referir que a perda de algum parente ou perda de alguma relação significativa pode acontecer em qualquer idade. A reforma constitui a mudança de estatuto e pode ser vivenciada de diversas formas por cada individuo, tal como referencia Erikson em relação ao último estágio do desenvolvimento humano da sua teoria, onde a velhice enfrenta um conflito psicossocial da integridade vs desespero . Para uns, representa uma situação indefinida, perda de produção e criação, provocando sentimentos de baixa auto estima, mas para outros a reforma é vivida como fonte de oportunidade, para usufruir de uma pensão satisfatória vivenciando novas experiências que com o trabalho nunca conseguiriam.
Para contornar situações de depressão e de vazio, a sociedade permite ao idoso ter um espaço onde este possa ter um papel ativo, desempenhando as suas capacidades, e proporcionando relacionamentos interpessoais, como é o caso de Centros de Dia. De facto do ponto vista fisiológico a possibilidade de morte, está mais ligada ao estágio da velhice, mas pode acontecer em qualquer idade. Desta forma, é de referir que nem todos os idosos vivem preocupados com esta questão, sendo por vezes menos preocupados que os jovens adultos. Existem casos de idosos extremamente ativos, que se encontram ajustados psicologicamente, ou seja, que possuem planos para a vida futura e com isso sentem que controlam sua vida, no entanto são mais preocupados em relação à questão da morte, mas capazes de a compreender.
Desta forma a velhice constitui uma etapa, ainda em conhecimento, que se encontra a ser investigada, onde os idosos deverão ser respeitados pela sua sabedoria e conhecimentos.
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